5.12.12

Sim, foi maravilhoso.

Sim, mesmo com tantos poréns foi maravilhoso. E eu não vou de dizer que foi tão bom somente por causa dos desenhos animados e das supostas preocupações bobas como "qual das três espiãs demais eu vou ser?", aliás, eu era a de cabelos castanhos - Clover - e mesmo sendo a menos disputada eu tinha certeza de que ela era a mais linda. É isso que faz de mim uma artista. Eu vejo beleza onde ninguém mais vê, ou é isso ou eu sou só uma pessoa com muito mal gosto. Mas deixa pra lá. Voltando ao ponto principal, o que fez valer tanto a pena? Acontece que como eu não sabia nada de nada, qualquer coisa me parecia única. Até a sombra tinha mais a ver com uma experiência mágica, e às vezes, quando as coisas não pareciam ir bem e eu chorava, espremia os olhinhos pequenos e mexia a cabeça para ver as luzes se transformarem em faixas fortes e confiantes que vão pra onde querem e não precisam que ninguém ligue o interruptor para brilhar. Sim, eu via as coisas desse jeito; e ficava encantada o suficiente para esquecer o motivo do choro. Foi por essa visão quase poética do mundo que eu sorria. E sorria de verdade.

Um comentário:

Obrigada, gafanhoto :3