18.2.15


1.2.15

Wishlist - stationery

Stationery - ou artigos de papelaria -, meu fetiche declarado que vai atenção especial este ano... até pra me incentivar pra estudar pro PAS (acreditem, se é que eu vou continuar postando aqui, vocês ouvirão bastante esse nome)! Finalmente uma vantagem em ser irmã caçula: aprender com os erros dos irmãos. Eu tinha a opinião precipitada que talvez valesse mais um ensino médio DUCARALHO e me ferrar estudando nos dois anos seguintes à minha formatura, depois fazer um vestibular bem faceiro e seguir com a vida. Não tem gente que vira vagal? Dois anos, gente, pra mim não era nada. Eu teria vivido intensamente, estudado intensamente, em suma o resultado seria o mesmo.
Agora sei que equilíbrio é o mais importante. Logo, esse ano quero estudar o total de quatro horas/dia mas guardar os fins de semana pra fofocar com as meninas e imprimir mapas astrais. Além disso, quando me mudar (100% de certeza - parte 2 - que eu vou mencionar isso aqui sempre que eu puder), quero usar a academia todos os dias, porque né, alivia o estresse e de brinde combate a flacidez. Como meu corpo é sanfona e eu vivo de engordar e emagrecer, isso será ótimo pra mim. Desconfio que eu estou falando demais.
1-) Moleskine do Snoopy
Por quê um moleskine? Sou uma defensora de que moleskines são roubo em forma de preço. Caramba, um moleskine (pelo menos esse do Snoopy) chega a 45 pilas, isso não tem o menor cabimento, pois eles são pequenos, e não tem muitos detalhes nas folhas. Não sei porquê encuquei justamente com esse tipo de caderninho, mas são muitos fofos e apresentam o modelo que eu quero pra me organizar nos tópicos Wishlist (com preço), orçamento (oque eu ganho e oque eu gasto), coisas a fazer, conteúdos pra estudar, sites de estudo online, enfim... eu quero, e pronto. Com a quantidade de coisas que quero X preciso comprar, esse provavelmente será um dos últimos da lista. Como diz o mestre Raul Seixas: a vida é séria (e a guerra é dura).
2-) Post-its variados (esseesse e esse)
[...] continua ♡ 

12.12.12

Máscara

Oi, eu tenho um Blog de tutoriais!
Era como se eu estivesse há muito tempo no automático: palavras que não foram ditas, oportunidades que foram perdidas. Tudo isso me lembrou de quem eu costumava ser, e eu tentei tirar a máscara. Mas agora, era tarde. Como se ela estivesse presa no meu rosto, ela se tornou parte de mim. Ah, aqueles suspiros não diziam "não tem manteiga na geladeira", aqueles suspiros me doíam, era como se meus pulmões estivessem afogados em risadas forçadas e beijos de mentirinha. Vez em quando eu acreditava que poderia me inventar de novo, mas a partir dessas novas decepções eu me lembrava o por que de ter desistido de tentar antes. Como se por uma ferida aberta escorresse toda a minha esperança.

11.12.12

Melífluas.

Naquela noite tudo parecia estar tranquilo. Tranquilo entre aspas, as coisas estavam no negativo há tanto tempo que ela até se esqueceu de contar. Portanto, tudo parecia harmonioso e sereno. De uma doçura tão contagiante que ela pode imaginar tudo se endireitando em futuro próximo. E em um instante ela se viu pregando suas pálpebras umas nas outras para prender as lágrimas. Mas aquelas lágrimas vieram tão sem aviso que nem deu tempo de esconder o rosto e sentir vergonha. E para que se preocupar? Estava sozinha, mesmo. Se precipitava demais, irracionalmente. Aquelas lágrimas não significavam exaustão psicológica ou insanidade. Eram melífluas. Diziam: "vai ficar tudo bem, vai mesmo". E ela pôde acreditar que realmente ia. Realmente ia. Os prazeres não eram mais parte de sonhos distantes. 

9.12.12

Final Feliz

Ela se recostou nas almofadas e se manteve observando a sopa de letrinhas, tentando imaginar se os fabricantes criam o w e m separadamente ou se fazem tudo misturado - visto que não há como diferenciá-los já dentro do prato - e então ela percebeu o quanto os livros e a TV superestimam a morte. De acordo com eles, ela deveria pensar sobre as coisas que podia ter feito e se encontrar com outra parte dela mesma, ou algo assim. Mas ela simplesmente não se importava. Isso por que estava em paz. Tudo que ela havia feito ou deixado de fazer era passado, e isso com certeza era uma grande vantagem. Todos aqueles dias em que ela acordava indisposta não faziam diferença, e ela não podia se lembrar de nenhum deles. Não mais. Ela não tinha forçado esse dia, ela não tinha esperado esse dia, ela deixou as coisas acontecerem e teve o melhor final feliz que qualquer um poderia ter, por que ela não dependia de ninguém para se sentir realizada. Era exatamente a pessoa que queria ser, e sentia vontade de escrever isso na testa. Por que não, aliás?

7.12.12

Eu lembrei o que era amar

Hoje, enquanto dava voltas pela casa à espera de notícias, reparei que a porta do guarda-roupa dos fundos estava ligeiramente aberta, talvez ela nem quisesse que eu percebesse isso. Aquela porta era aonde eu guardava álbuns antigos, cobertores esfolados de tanto que foram usados, etc, etc, etc. A inquietude daquelas vozes que eu não ouvia há anos me diziam: "você ainda se lembra da cor dos meus olhos?" e "qual perfume eu costumava usar?". E por não saber responder nenhuma das perguntas, achei que talvez fosse a hora. Memórias, ai. Aquelas páginas, muitas vezes grudadas umas nas outras, me lembraram de histórias como a daquele natal, que a família inteira havia viajado, e eu e meus pais fizemos um festival de pizzas, jogamos jogos de tabuleiro e ali, naquela mesa, o riso era farto e não haviam decepções. A não ser quando alguém caia na casa da vingança, que nos obrigava a mandar outra pessoa pra o comecinho do jogo. Em um dos meus aniversários, meus pais não tiveram dinheiro para fazer uma grande festa, então compraram umas dez guloseimas variadas no supermercado e fizeram um joguinho comigo, onde eu não podia ver qual guloseima eu escolhia, devia falar um número e só teria direito de comer a guloseima com a numeração que eu escolhesse. E foram naquelas horas que eu, uma pessoa que nunca soube prestar atenção nas coisas, nunca soube explicar as coisas, soube o que era amar. E eu me senti em um nível de superioridade indiscutível em relação a todos os meus colegas que falavam sobre família superficialmente. Decerto eu não sabia falar sobre isso. Mas já podia sentir. E foi ao me lembrar de todas essas pessoas incríveis que um flash muito lindo - que me fez voltar uns cinquenta anos no tempo e lembrar da cor dos olhos daquelas pessoas e do cheiro doce que seus corpos ofereciam ao ar puro do nosso sítio.

6.12.12

Obrigada, mamãe.

Eu não consigo encontrar as palavras certas. É só que hoje foi difícil. Foi difícil em todos os sentidos da palavra. Foi difícil levantar e continuar andando de cabeça erguida, foi difícil encarar toda aquela gente que eu sabia que esqueceria depois, mas que na hora parecia vívido demais pra ignorar. Nenhum deles significava nada pra mim, mas eu queria significar algo pra eles. Um sorriso, um jeito diferente de reparar. Eu queria que todos se lembrassem depois, não de mim, mas da vozinha mansa que acalentou seus coraçõezinhos inseguros. Do mesmo jeito que minha mãe costumava fazer comigo. E sempre que ela fazia, eu chorava depois. Não é irônico? Mas aquelas lágrimas eram outras, era como se eu estivesse dando espaço pra felicidade entrar. Então, obrigada, mamãe, você me ajudou a vencer dias terrivelmente chatos.